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Como lidar com a birra infantil

Hoje abro as portas do blog para receber o projeto de blogagem coletiva Confissões Maternas. Mas, quem vai confessar um pouco será minha amiga Bia com um tema muito bacana 😉

 Karina Galdini

 

Quer bater papo com a gente?! Só entrar no Confissões Maternas no Facebook.

 

BC2Imagine as cenas abaixo:

Cena 1 – Escândalos em lugares públicos e movimentados.

 

Cena 2 – Filhos que não querem dividir o brinquedo.

 

Cena 3 – Crianças irredutíveis em escutar um não, a recusa da compra de um doce no supermercado, se jogam no chão, esperneiam. Se você se viu em uma ou mais cenas destas, calma, não se desespere, estamos juntas amiga. Eu sou uma mãe que carrega a birra à tiracolo, pois Melissa é uma bomba relógio preste a explodir, e seu efeito de destruição é poderoso, já que estas reações emocionais atacam a gente de modo certeiro, e muitas vezes não sabemos como lidar com isto.

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A birra é um comportamento que se observa quando a criança se vê em uma situação de frustração. Envolve sempre choro, gritos, agressões, a clássica se jogar no chão, morder, unhar, urinar, parar de comer…enfim, reações utilizadas pelos pequenos para externar seus sentimentos. Se expressam assim, porque muitos ainda não sabem como controlar o que sentem, o que lhes desagrada, a contramão do que esperam. Segundo a pesquisa que fiz, estes ataques ocorrem entre 1 e 3 anos de idade e podem se estender até os 6 anos em alguns casos. Pois bem, Melissa é um destes casos, mesmo que hoje em dia, suas birras sejam mais brandas, mas ainda assim tenho que passar por elas, eventualmente. Melissa e a birra andam juntas, especialmente em situações como: banho (sempre quando lavo os cabelos), escovação dos dentes, quando quer ser imediatista e fazer algo naquele exato minuto e não consegue esperar. O último episódio de birra em casa, foi tragicômico, era dia de lavar os cabelos, e a mamãe aqui antevendo crises espetaculares de birra, já foi avisando a pequena, desde o dia anterior para evitar o pior. Pois bem, no momento do tirar a roupa para entrar no chuveiro, deu os 5 minutos nela e começou-se um choro e uma gritaria descontrolada, que infelizmente me tirou do sério junto, eu insisti dizendo que ela ia tomar banho de qualquer jeito, querendo ou não. De repente, escuto a campainha, achei até que era a minha imaginação, no meio daquela loucura. Fui atender e era o vizinho de baixo (moro em prédio), que estava subindo a escadas e escutou os gritos e veio perguntar o que estava acontecendo. Minha cara foi no chão, o homem todo assustado, achando que era algo mais grave, extremamente preocupado, veio questionar o ocorrido e eu tentando explicar que se tratava de uma menininha que não gosta de lavar os cabelos. Passado o momento vergonha, eu tive que explicar para Melissa que aquela atitude dela não era bacana, que agir assim não ia resolver nada, que até o vizinho queria saber o que estava acontecendo. Eu conversei brevemente com Melissa após a birra, a acalmando, e tentando me acalmar também, pois é absolutamente normal, nós, mães, adotarmos uma postura de descontrole ao ver a explosão da situação. Tentei fazê-la nomear aquilo que estava sentindo, por que o fez e dizendo que daquela forma não era a melhor maneira de lidar. Não podemos ceder a pressão do filhos, temos que deixa-lo colocar para fora tudo que sentem, e depois, quando aquilo cessar, guiar para a resolução e para que isto não se repita. Sem ceder e assim fortalecer a criança na sua teimosia. Temos que nos manter calmos e enérgicos, para conduzir da melhor maneira possível, encontrando uma resposta para aquele comportamento e ensinando o filho a não repeti-lo. Muito diálogo e muito amor. Sempre.

BC1Será que a birra é exclusividade minha? Veja o que as mamães unidas pela blogagem, te a dizer:

 

Camila – Blog Báu de Menino – www.baudemenino.com.br

Ai, as birras… Por mais calma e tranquila que a criança seja, sempre podem acontecer episódios dessa tão temida palavrinha. O Gabriel, meu mais velho, sempre foi bem sossegado, mas mesmo com esse seu jeito, algumas vezes, a explosão acontecia… e nessa hora o jogo de cintura e a psicologia se fazem presentes. Mas, posso dizer que conheci o verdadeiro sentido da palavra birra com o caçula, Daniel. Isso me fez ver que não é a educação e sim a personalidade da criança. Daniel é bem possessivo, tem instinto de liderança e tudo isso junto, acrescentando um não, vira explosão! Como a Beatriz falou, aos 4 anos, Daniel ainda faz algumas birrinhas e acredito que ele faça parte das que vão até os 6 anos. Eu acredito muito no poder da água, filho fazendo birra, respira, toma água, se não passou, toma mais um pouco, se acalma e dá o tempo da criança se acalmar também, após o pico da birra ter passado, converse e explique que isso não foi legal. Eles são espertos e entendem, aqui, eu continuando tomando copos de água e conversando… conversando… e tomando água! Um dia passa…

Fernanda – Blog Mamãe de Duas www.mamaededuas.com

Confesso que já perdi a cabeça com as birras das minha filhas muitas vezes, eu tenho que me policiar para não errar nessas horas, algumas vezes eu conto de 1 até 10 respiro fundo e tento manter o pulso firme, em outros casos apenas ignoro o que está acontecendo espero ela se recompor e conversamos, em outros momentos já gritei mais alto que elas para elas pararem, sim já errei muita vezes, hoje ainda erro, mas confesso que minhas atitudes são mais maduras venho aprendendo a me dá melhor com as birras e conduzindo essa fase da melhor maneira que posso.

 

Fabiana – Instablogger @maesdepoisdos30

Pedro tem 1 ano e 7 meses e é um bebê calmo. Tivemos poucos episódios de birras. Geralmente, não dou ibope e deixo chorar/ espernear até passar. Não tento conter (exceto se corre o risco de se machucar) ou conversar. Pois, acredito que no momento da birra o seu cérebro está reativo. Aguardo o episódio cessar e converso com ele. Estando calmo o seu cérebro estará receptivo e ele compreenderá tudo melhor. Sempre tento explicar o que estava sentindo naquele momento. Ex: cansaço, sono, frustração, raiva etc. Claro que é um exercício de paciência. Às vezes, dá vontade de gritar também. Porém, preciso ensiná-lo a desenvolver habilidades emocionais e, se eu for descontrolada não passarei a segurança necessária. Se estivermos na rua e ele querer algo que não pode fazer e/ou ter, procuro desviar sua atenção para outras coisas. Enquanto Melissa não gosta de lavar os cabelos, o Pedrinho começou a não gostar de escovar os dentes. Assim como a Bia sempre converso e antecedo o fato, mas não tem jeito: chora. Mesmo assim, fico calma e faço a higiene. Sei que não dói e é necessário. Procuro sempre me colocar em seu lugar e entender o que sente. Creio que o fato de eu conversar e antecipar tudo que iremos fazer, a sua personalidade e idade ajudam a não temos tantos episódios de birras.

Christiane – Blog Prosa de Mãe – www.prosademae.blog.br

As birras caminham ao lado da criança… fico pensando se crescem juntos também. Já passei e ainda passo por episódios com Joseph que é difícil de acreditar que em um momento um doce de menino, e num estalar de dedos… gritos e berros! Eu tento ser firme nas minhas abordagens e se eu disser não, o não prevalece sim! Já perdi as contas de quantas vezes trouxe Joseph pra casa depois da aula aos berros… por conta de querer comprar algo e diante da minha recusa, ele se jogar no chão. Os olhares em minha direção, quase me fulminando… passo totalmente a ignorar e ne mantenho firme, quase que marchando pra casa. Ele precisa do não e eu preciso fazer isso por ele. Esse é o grande desafio de educar. É ensinar a frustração e que os não, fazem parte da vida. O desafio de levar ao banho, de parar de brincar para se alimentar… é diário. Às vezes esgotada, tenho que ir atrás do menino pelado fujão do banheiro… ou menino pelado que não quer se vestir… é cansativo, mas mãe tem que ter pique e muitas vezes levar na esportiva e fazer da correria uma brincadeira, claro que a vitória é conseguir cumprir a tarefa sem estresse por parte da mãe. E vamos seguindo, orando e pedindo que essas birras amenizem.

Isis Vebber – Blog Isis Vebber – www.isisvebber.blogspot.com.br

Eu tenho pavor a choro, sempre fico irritada e desesperada. Por este motivo evitava levar os meninos em lugares que pudesse passar por um episódio desses. Apesar do meu pavor, nunca concordei com uma birra. Quando eu digo um não e o choro começa eu tento ignorar. Depois de se acalmar explico que tal comportamento era desnecessário. No entanto, um dos episódios de birra que mais me constrangeu foi num shopping e o protagonista foi o meu filho mais novo. O motivo não me lembro só lembro que ele deu um show bem no meio da praça de alimentação. Os olhares de censura das pessoas me deixaram encabulada. Fiquei com tanta vergonha que ignorei e fiz de conta que não era meu filho. Até que ele se acalmou um pouco e o papai foi lá socorrer e ficou tudo bem. O meu mais velho não tem mais esses chiliques no nível master, porém fica emburrado por alguns minutos e logo passa. Para as birras não existem receitas prontas de como lidar com elas, afinal as crianças são diferentes, mas devemos ter muita paciência e sabedoria para não ceder a essas chantagens. Então vamos respirar fundo e ser firme em nossas decisões.

Karina Galdini – Blog Mãe Perfeitamente Real – www.maeperfeitamentereal.com.br

Confesso que é inevitável as vezes não perder a paciência diante de uma cena de birra, mas temos que respirar fundo, contar até 100, se preciso, e encarar! A Maria tem uma personalidade forte, tudo ela questiona então procuramos sempre conversar com ela e mostrar que chorar e ficar irritada não adianta… Mas nem sempre dá certo! Um dia estávamos no shopping, ela tinha 3 anos e meio, e pediu um desse balões de gás que custam uma fortuna e não são nada úteis, eu expliquei que naquele dia não dava e foi só ela,ouvir o não que começou a chorar… E chorou, chorou, eu falava e nada adiantava, paguei o estacionamento e ela chorando, entrei no carro e ela chorando, chegamos em casa e ela ainda chorando ( muito, não sei como aquentou tanto tempo), entrei abaixei na altura dela expliquei que não foi legal e ela foi direto para o castigo… Ela parou de chorar na hora por que era a primeira vez que deixava ela de castigo, mas até hoje ela lembra desse dia. Temos que ser firmes, se não deixasse ela de castigo provavelmente repetiria a cena outro dia, mas cada criança reage de um jeito e cada mãe sabe a melhor forma de agir, só não podemos ignorar e deixar passar, temos que impor limites sempre respeitando a criança!

Mara – Instablog @soumaedemeninos

Birra de filho é algo que tira qualquer mãe/pai do sério. Já passei por maus bocados com meus filhos. O mais novo é mais desafiador, está sempre me testando, quando quer algo por exemplo em alguma loja brinquedos, e eu digo que não, ele chora, faz aquela cena toda, fica repetindo: eu quero, eu quero. E claro, sempre tem alguém olhando com olhar de crítica. O que eu faço, tento conversar, e acalmá-lo, isso nem sempre funciona. Pois o que eles querem é testar nossa paciência a todo o tempo. Com meu filho mais velho,é mais tranquilo, entende melhor quando ouve um “não “. Resmunga um pouco, mas logo passa. Já teve suas fases de chiliques. Só posso dizer que,a cada dia tento lidar com a tal birra, respiro fundo conto até mil, tento manter a calma, e espero que passe logo essa fase.

 

Meus sinceros agradecimentos a Karina, que gentilmente cedeu espaço do seu blog para a realização da minha visão na blogagem coletiva, pelo fato de eu não ter um blog próprio para este fim. Gratidão!!!

4 comentários em “Como lidar com a birra infantil

  1. Oi Bia, oi Karina! Bom dia!

    Aqui também não foi diferente.
    Episódio na praça com Maria rolando no chão, *rs, foi papai que enfrentou. Estávamos na igreja e papai saiu com ela, pois era novinha, por volta mesmo de uns 3 anos. Ele disse que passou vergonha, que ela rolou no chão…*rsss… Ele nunca esquece…
    Já fez birra também em viagem, por não darmos a bendita “bolinha invasora”, como a chamo *rss.. aquelas da maquininha. Ela é apaixonada por aquela bolinha e não é toda hora que deixamos tirar. Esse dia só não esperneou, mas ficou estérica. Não cedemos e fomos embora. Foi em uma parada de viagem. Um restaurante.. imagina…

    Aqui em casa foram vários… Cabelos e dentes, esses cuidados, Maria nunca se importou, mas outras situações de negativa ela se irritava e era escândalo na certa.

    Importante observar também algum momento que a criança esteja passando. Quando pai estava doente, eu transferia toda essa preocupação e tristeza aqui pra casa e consequentemente pra ela. Quando ela se irritava com alguma coisa, chorava alto, gritava… Foi um momento complicado. Também nos momentos que estamos mais nervosos com alguma situação, percebo que ela também fica.

    Ela ainda é criança e quando se sente contrariada, fica mais nervosa. Agora as birras estão voltando mais para o lado “mocinha”. Tiques adolescentes… Digo que se ela ficar chorando alto vou abrir a janela para os vizinhos verem quem é gritadeira da casa…*rsss… Mãe tem que ter seus artificios…
    É complicado morar em apartamento, mas hoje compreendo muitas birras que ouço de outras crianças..
    Somos de muita conversa e por isso explicamos tudo sempre pra Maria.. ela é meiga… fica nervosa mas compreende e adula depois..

    Dia desses vi uma criança desesperada rolando no chão.. escapando da mão da mãe.. não teve um que não parou para olhar. Ouvi falando que um moço tinha levado sua pratinha que caiu no chão… Fiquei com dó e fui perguntar a mãe se era isso.. Queria dar uma pratinha *rs
    Ela disse que não, que ela queria brinquedo. Virei as costas e fui. Afinal isso é comum.. e entendi. Coitada da mãe…foi horrivel..

    O que sempre fiz com Maria e sempre deu certo é combinar antes de sair de casa o que não vou comprar na rua. “Hoje não tem bolinha, hoje não tem sorvete, hoje não tem isso ou aquilo”… Dá certo, pois já saimos combinadas de casa. Deixar pra falar na hora é uma lástima rs

    Beijos.. adorei o texto Bia… ..Fiquem com Deus..

    Tê e Maria ♥

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